It's a one time thing
It just happens a lot

Suzanne Vega

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

I CLOSE MY EYES AND COUNT TO TEN

Como é possível que nunca tenha ouvido (ou, se ouvido, não tenha registado) uma canção deste calibre? I close my eyes and count to ten foi gravada pela primeira vez em 1968 pela grande Dusty Springfield, e o tema mostrou-se tão versátil que ficou bem na fotografia como disco sound (The Simon Orchestra) ou high NRG (Hazell Dean), isto para já não falar do arranjo de balada do original de Dusty. A melodia é irresístivel, e a estrutura da canção é pouco ortodoxa, o que conjugado dá um cocktail saboroso. Fiquei a amá-la hoje, após a ter descoberto na recentíssima caixa de Paul Young, que a canta ao vivo numa versão de power pop atiçada pelo turbo-baixo de Pino Palladino. Das muitas hipóteses possíveis para ilustrar, escolhi o dueto de Marc Almond (dos Soft Cell) com Sarah Cracknell (dos Saint-Etienne), editado em 2007 no álbum de Almond "Stardom Road", o primeiro após o seu gravíssimo acidente de moto em 2004 – disco de versões porque Marc não conseguia compor devido às mazelas do desastre. Duas vozes agridoces em que eu não apostaria para andarem em conjunto, mas veja-se lá como acabou tudo em beleza. E.M.



Marc Almond + Sarah Cracknell, I close my eyes and count to ten (2007)


Sem comentários:

Enviar um comentário