It's a one time thing
It just happens a lot

Suzanne Vega

domingo, 24 de abril de 2016

PRINCE ALWAYS 

Ano negro, realmente. Após Bowie, Prince.
Mais do que isso, começam a desaparecer os homens que definiram as minhas principais coordenadas estéticas: já estão no grande concerto do céu Joe Strummer (The Clash), António Sérgio e Prince. Pelo que me agarrarei com unhas e dentes ao que sobra, Bruce Springsteen, que também já não vai para novo.O próximo encontro está, claro, marcado para dia 19 de Maio, na abertura do Rock in Rio 2016.
Quanto a Prince Rogers Nelson, já quase tudo foi dito nos últimos dias. Um génio, a nível de composição, arranjos, produção e interpretação. Um dos poucos que se podem arvorar de ter alterado o curso da música popular. Lírico, sensual, brincalhão, irritante, inteligente, interventivo. Tantas coisas, às vezes tão contraditórias. Como a sua total oposição ao Youtube, o que lhe retirou visibilidade nas gerações mais novas.
Mais do que lamentar uma morte ao que parece perfeitamente evitável, devemos rejubilar com tudo o que de maravilhoso ele nos deixou.
Um dos incontornáveis é Kiss, essa pequena maravilha de ritmo e sensualidade e loucura feita com pouco mais do que uma batida, uma guitarra e algumas vozes. Gosto especialmente da cara que Wendy (guitarrista) faz 1m14s quando Prince eleva o tom e os decibéis. 
Um privilégio, um prazer que nunca se esgota ao ouvir. Obrigado, meu Prince. E.M.


Prince, Kiss (1986)



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