It's a one time thing
It just happens a lot

Suzanne Vega

sexta-feira, 15 de abril de 2016

THE CULT Lil' devil

Ninguém pode acusar os britânicos The Cult de não serem aventureiros sónicos. Começaram num post-punk audacioso (Spiritwalker), passaram para o gótico na altura do álbum Love (She sells sanctuary), e nos anos 90 andaram mesmo por vizinhanças do trip-hop e do cantautorismo boémio de esquerda norte-americano (Sacred life). Mas também deram forte, e feio, no hard rock mais abrasivo. Foi em 1987, com o álbum Electric (só o nome é já todo um programa de acção), para o qual foram buscar o superprodutor Rick Rubin.
Num disco que deve muito aos Led Zeppelin e aos AC/DC, Ian Astbury (voz) e Billy Duffy (guitarras), o núcleo criativo constante da banda, conseguem mesmo assim dar um cunho pessoal. São pormenores, como o espaço nos riffs de Duffy, ou as variações de tom da voz de Astbury, que carregam canções da mediania para uma genialidade que se cola à pele e ao ouvido. Um dos singles foi este Lil' devil. Que Brett Easton Ellis, em Menos que Zero, utiliza para descrever um tipo de meninas californianas, que iam às discotecas com saias de folhos dançar ao som de Lil' devil. Curta, incisiva, intemporal. E.M.

The Cult, Lil' devil (1987)



Sem comentários:

Enviar um comentário