It's a one time thing
It just happens a lot

Suzanne Vega

terça-feira, 7 de julho de 2015

Blondie, Dreaming


BLONDIE. Haveria algum miúdo com ouvidos bem abertos ali entre 1976 e 1984 que não estivesse perdidamente caído por Debbie Harry? - que, para todos os efeitos práticos, era A Blondie e OS Blondie. Eu sei que estava. E apesar de ela agora ser uma (semi)respeitável senhora, confesso que a visão daqueles cabelos outrora tão louríssimos ainda me faz pensar...
"Anyway, to the music we go".
Os Blondie foram um dos expoentes da new wave, daquele punhado de bandas nova-iorquinas (juntamente com Ramones, Talking Heads, Television e Suicide, de entre os mais sonantes) que pegaram no espírito punk e o espalharam pelo Mundo com diferentes colorações. No caso do grupo liderado por Harry e o seu companheiro de muitas décadas Chris Stein, variaram desde a recuperação do rock dos anos 50 até ao disco e ao (falhado) reggae. Mas no que se especializaram foi naquilo que se poderia chamar de power pop punk. Exemplo máximo: Dreaming, o single de apresentação e de abertura do álbum de 1979, Eat to the Beat. Em pouco mais de três minutos, Debbie, aqui no seu tom de Manhattan-blasé, vai desconsiderando e ao mesmo tempo desejando o seu namorado. A melodia é inescapável, e o andamento é frenético - na bateria (vénia grande) estava o imenso Clem Burke, assim como que um Animal dos Marretas em versão humana. Um dos melhores percussionistas de sempre, com um domínio dos pratos sempre perigosamente perto da implosão, de tal forma que os produtores tinham que lhe implorar para se refrear. E em palco (como se pôde ver há alguns anos no festival Alive, ali para Algés), uma parede de plástico transparente entre a sua bateria e a frente do palco, não fosse Debbie levar com uma baqueta ou uma tarola descontroladas. E.M.



                                                 Blondie, Dreaming (1979)



   

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