It's a one time thing
It just happens a lot

Suzanne Vega

domingo, 24 de maio de 2015

Marilyn Monroe, I wanna be loved by you


Megan Fox, Angelina Jolie, Scarlett Johansson... São  muitas, e muito atraentes. Mas nenhuma teve, tem ou terá o apelo universal e inescapável de Marilyn Monroe. Pode-se dizer que foi no auge do "star system" de Hollywood, que foi vendida como algo que nem sequer era ou queria ser. Mas havia realmente qualquer coisa de especial nela, algo para além do corpo, para além da sensualidade. Para além da fragilidade que se veio a revelar fatal e suicidária. E esse algo era uma inocência e uma luta entre um mundo que queria o seu corpo e uma mulher que queria ser amada mas, mais ainda, admirada como actriz. 
Tinha ainda outras qualidades, desde logo como cantora. Não que mostrasse uma grande extensão vocal, mas a forma como acariciava as palavras e swingava a melodia não eram nada de de deitar fora.
Um dois melhores exemplos é este I wanna be loved by you, tema de 1928 recuperado pelo realizador Billy Wilder para o clássico Some Like it Hot em 1959. Lembram-se, aquele em que Jack Lemmon e Tony Curtis se disfarçam de mulheres e entram em digressão com uma orquestra totalmente feminina cuja vocalista é... Marilyn.
O scat de Marilyn ("boo boo bi doo", "a dirli dirli dirli dam") é deliciosamente juvenil, e o acompanhamento orquestral é de um classicismo intemporal - ouça-se o solo de trompete aos 2m13s. Ela foi, e é, "loved by all of us", espero eu.


Marilyn Monroe, I wanna be loved by you (1959) 

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