It's a one time thing
It just happens a lot

Suzanne Vega

terça-feira, 12 de maio de 2015

Vídeos imortais #1

Nick Cave, Into my arms

Quão especial é esta canção e este vídeo? Tão especial que várias vezes comecei o post e outras tantas vezes parei. Com tanto para dizer, mas sem saber por onde começar. Com receio de não fazer justiça ao que ouço e vejo. Mas como diz o ditado tão abusado, o caminho faz-se andando. Sendo, então:

Nick Cave é um dos grandes compositores e intérpretes das últimas décadas. De uma forma geral, manteve-se fora do mainstream, com uma ou outra incursão nas tabelas de vendas (como no dueto com a sua compatriota australiana Kylie Minogue em Where the wild roses grow). Mas não tão afastado que não chegasse a uma pequena multidão conhecedora da força das suas canções.
Em 1997, com a sua fiel banda The Bad Seeds, edita o álbum The Boatman's Call. Era um disco mais intimista que os anteriores, muito baseado em piano e voz. Os temas continuavam sempre algures entre o amor e a religião. E este Into my arms com que abre as hostilidades consegue plasmar de forma perfeita essas duas estradas. É uma canção de amor completa (talvez dedicada à brasileira Viviane, mãe do seu filho Luke, ou a PJ Harvey, por quem teve uma curta mas avassaladora paixão e que é a West Country Girl que surge na canção com o mesmo título mais para a frente neste disco). Nela pede a Deus, no qual não acredita, que proteja a sua amada, que nada de mal lhe aconteça.
O vídeo (realizado por Jonathan Glazer) é de um ascetismo absoluto. Totalmente a preto e branco, consiste "apenas" em imagens interpoladas de Cave a cantar e de várias outras pessoas, homens, mulheres, crianças, negros, brancos, em sofrimento. Todo o sofrimento do Mundo quando a canção que Cave compôs e canta quer que não se sofra. O momento em que um grande artista se torna um absoluto universal. E.M.
 

Nick Cave, Into my arms (1997)

I don't believe in an interventionist God
But I know darling, that you do
But if I did I would kneel down and ask him
Not to intervene when it came to you
Oh, not to touch a hair on your head
Leave you as you are
If he felt he had to direct you
Then direct you into my arms

(chorus)
Into my arms, oh Lord
Into my arms, oh Lord
Into my arms, oh Lord
Into my arms

 
And I don't believe in the existence of angels
But looking at you I wonder if that's true
But if I did I would summon them together
And ask them to watch over you
And to each burn a candle for you
To make bright and clear your path
And to walk, like Christ, in grace and love
And guide you into my arms

 
But I believe in love
And I know that you do too
And I believe in some kind of path
That we can walk down, me and you
So keep your candles burning
Make her journey bright and pure
That she will keep returning
Always and evermore




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