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Suzanne Vega

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Disposable Heroes of Hiphoprisy, Television, the drug of the nation


No início dos anos 90, Michael Franti (poeta, rapper, agitador, produtor et al.) tinha dentro de si o pulsar do Mundo e a noção dos maus caminhos por onde este se estava a meter, nomeadamente nos seus Estados Unidos.

Ataque feroz à ignorância dos "media", ao embrutecimento que cria nos espectadores, nas mensagens de isolamento e xenofobia que cria no americano médio, eis Televison, the drug of the nation, tema de ponta do álbum de estreia dos Disposable Heroes of Hiphoprisy, que Franti integrava juntamente com o percussionista Rono Tse. 

Ouça-se as frases iniciais: 

"One nation under god has turned into one nation under the influence of one drugTelevision, the drug of the nation, breeding ignorance and feeding radiation"

Ouvir este tema é sentir um martelo pneumático que, através das batidas, dos samples e de um groove pesado, e das palavras meio faladas, meio cantadas de Franti, nos faz interiorizar factos que na altura eram novidades, mas que o poder dos meios de comunicação e destruição norte-americanos tornaram banais em todo o Mundo, como as contradições em termos que são, por exemplo, "military intelligence". Mortes de civis são "danos colaterais", e "friendly fire" é ser morto pelo nosso próprio exército.

Mais de 20 anos depois, tão clinicamente exacto e arrepiantemente actual. A televisão e a imbecilidade do monstro americano continuam, surgiram novos meios digitais, e pergunta-se: onde está a consciência dos artistas urbanos dos USA, afogados em vagas de gangstas e blings e hoes? E.M. 





Disposable Heroes of Hiphoprisy, Televison, the drug of the nation (1992)



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