É um daqueles regressos que já estavam previstos. Após muitos anos de ausência do guitarrista Graham Coxon e sem álbum de originais desde 2003, a aproximação vinha sendo feita segundo as regras clássicas das bandas rock. Primeiro uma junção esporádica para ver como se poderia lamber as feridas de antigas feridas, e que resultou na belíssima ode a Londres que é Under the westway (a autoestrada que rasga a capital britânica desde o Centro até aos subúrbios ocidentais). Depois um Verão de poucos concertos, essencialmente em festivais, e que passou pelo Porto. Agora, aí vem o novo álbum, The Magic Whip, com distribuição marcada para dia 27 de Abril. Pela net podem já ver Go out e There are too many of us e ouvir Lonesome street. À primeira audição, estamos perante uma consciente vontade de recuperar as linhas mestras dos Blur pré-Parklife, ou seja, timidez e discrição, britishness e inteligência, pop ligeiramente dissonante e produção mais rugosa que limpa. Mais para a frente virá a audição mais cuidada. Por agora, a marcação também na agenda do concerto de dia 17 de Julho, no palco principal do Super Bock Super Rock, agora no Parque das Nações (Pavilhão Atlântico e redondezas), e o prazer de ver que o baixista Alex James continua um poço de cool, com o seu politicamente incorrecto cigarro boémio equilibrado ao canto da boca.
Blur, Lonesome street (apenas áudio)
Blur, There are too many of us
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