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Suzanne Vega

terça-feira, 21 de abril de 2015

Kraftwerk: multimédia acima da média
no Coliseu

Domingo à noite no Coliseu de Lisboa.
Concerto dos Kraftwerk. Sala cheia, faixas etárias alargadas, nacionalidades várias.
Início com pontualidade germânica.
Quase duas horas e meia de espectáculo. Setlist abrangente, mas mais focada no álbum de 1978 The Man Machine, de onde apenas não tocaram um tema.
A nível sonoro, quase nada apontar, cuidado com a meticulosidade que caracteriza o veterano projecto electrónico, e audível com qualidade, o que, e já o experimentei bastas vezes, pode ser muito traiçoeiro de conseguir no velhinho Coliseu, construído para actos novecentistas.
O grande destaque vai para a área visual. Os Kraftwerk sempre apostaram na imagem, nomeadamente desde que as tecnologias digitais se instalaram, e esta digressão é uma imersão nos 3D. Óculos catitas, com monograma da banda, entregues à entrada (o que fazia a plateia parecer um cinema norte-americano dos anos 50 a ver um qualquer monstro da lagoa), e um ecrã por trás dos quatro "músicos" que acabou - como eles querem - por ser o principal interveniente. Normalmente não sou muito adepto destas tecnologias, muitas vezes utilizadas de forma amadora ou simplesmente para disfarçar a fraqueza musical.
Não neste caso, em que a opulência das imagens está perfeitamente pensada e integrada com a qualidade da música, entrelaçando-se e potenciando-se mutuamente.
Ume experiência multimédia, era como se apresentava o espectáculo. Muito acima da média, diria eu. E.M.

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